Conhece algum adolescente? Sabe como funciona a sua mente?
Uma psicóloga da Universidade da Califórnia nos mostra que por não conhecermos as transformações neurais nessa fase da vida, não conseguimos compreende-los.
O que é um adolescente? Neste artigo iremos desvendar os mistérios da mente de um adolescente. Aonde vivem? O que comem? Brincadeira (I´m kitting).
Começando por treinar o inglês: se sua idade termina com “teen”, você é um adolescente. No entanto, o cérebro segue regras diferentes para definir isto.
Na visão da neurociência, sabemos que o cérebro mantem-se crescendo e se desenvolvendo, aponta Adriana Galván, professora de psicologia da UCLA e diretora do UCLA Developmental Neuroscience Lab. Literaturas recentes sugerem que é por volta dos 25 anos mais ou menos que o cérebro termina seu período de adolescência.
Isso não significa que o cérebro para de mudar – em todo tempo estamos aprendendo alguma coisa nova, nossa mente vai mudando – mas nos nossos 25 anos, nosso cérebro finaliza um longo processo de desenvolvimento estrutural. O córtex pré-frontal é a parte do cérebro que fica bem acima dos olhos, é a parte que nos permite pensar sobre o futuro, entender as consequências e principalmente a tomar melhor nossas decisões. Não é de se surpreender que o córtex pré-frontal de adolescentes ainda tem muito trabalho para fazer até entrar na fase adulta.
Um meio de se pensar sobre isso é que o cérebro tem dois lados, um lado impulsivo e um lado cauteloso os quais equilibram-se entre si. Antes de alcançarmos a fase adulta, o lado impulsivo fica mais avançado enquanto o lado cauteloso fica se preparando. O resultado é um ADOLESCENTE. O desenvolvimento atrasado do córtex pré-frontal pode não ser um efeito colateral simples do desenvolvimento humano. Geralmente, comportamentos que são considerados “aborrescentes”, são processos de adaptação para aprender e ter sucesso.
Estes comportamentos não são exclusivos dos seres humanos: chimpanzés adolescentes, por exemplo, buscam cortejar mais outros chimpanzés, se prepararem e se mostrarem mais para o outro, brincarem menos entre outras mudanças. Enquanto alguns adolescentes podem se parecer um pouco com “chimpanzés”. Humanos tem seus próprios comportamentos de adolescentes, incluindo se arriscarem mais e terem emoções intensas que não estavam presentes em suas infâncias.
Atitudes de risco, independente qual tipo de risco, toca nas mesmas regiões neurais que as do prazer do processo de ser recompensado, explica Galván. Quando você experimenta o risco de uma forma positiva, a ativação cerebral é a mesma quando você tem experiências de ser recompensado. A pesquisa de Galván encontrou que não somente os adolescentes são mais sensíveis a recompensas do que os adultos, mas também fazem deles melhores aprendizes. Comparando com os adultos, adolescentes tem mais estímulos por recompensa quando eles estão aprendendo novas tarefas e isso ajuda eles a aprender melhor em ambiente com mais adaptação e eficiência do que os adultos, disse Galván. Isso é um tipo de resultado surpreendente.
Emoções intensas também podem ser benéficas de alguma forma mesmo que eles mesmo não compreendam. Existe provavelmente uma explicação evolucionaria para os adolescentes serem mais emotivos. Uma razão é que as emoções nos ajudam a nos conectarmos a outras pessoas, disse Galván. Emoções também servem como uma importante ferramenta de aprendizado. Quando você sente uma emoção particular, você consegue lembrar melhor do evento em contexto. Se alguma coisa negativa acontece, as emoções que ele vivenciou irão ajuda-lo a não cometer o mesmo erro no futuro. Emoções positivas irão fortalecer um comportamento que faça ele desejar repetir mais vezes.
Se a psicóloga da UCLA pudesse desfazer um mito sobre adolescentes, diria que: os adolescente devem ser acalmados! Até que se tornem adultos.
A idéia antiga de que a adolescência não tem um outro propósito além de incomodar pais ou se encontrar com amigos é que, eu penso, equivocada, disse Galván. Todas as experiências que acontecem durante a adolescência são importantes para o crescimento do individuo.
Conclusão aos pais, utilizando uma frase bem trivial: se não pode com eles, junte-se a eles!
Legal, agora que você leu este texto inteiro, que tal treinar o seu inglês lendo o artigo original AQUI e logo em seguida deixar seus comentários abaixo?!